É estranho, o silêncio do PS local nos últimos meses! Já nos vínhamos habituando a uma nova linha de actuação politica em que os ataques pessoais, a incúria e a falta de ética politica eram uma constante, certamente é uma pausa para férias, muito brevemente iremo-nos deliciar com mais algumas conferências de imprensa a denunciar factos, atitudes ou pessoas da actual gestão municipal ou mesmo do partido que a suporta.
Não alheia a toda esta situação, parece estar a questão da integração do Hospital de Chaves no recentemente criado Centro Hospitalar de Trás-os-Montes ou melhor dito no Centro Hospitalar de Vila Real.
Ninguém acredita que o PS local não tenha informações privilegiadas relativamente à situação do Hospital de Chaves, nem mesmo que a Sr(a). Deputada não tenha nenhuma informação.
Se assim é, porque razão não dizem ao povo aquilo que pensam, porque não explicam que os votos que andaram a pedir aos Flavienses servem agora para retirar uma das melhores unidades de saúde da região de Trás-os-Montes. A Deputada que os representa na Assembleia da Republica, por acaso até é Flaviense (será?) nunca assumiu uma atitude de discordância contra as atitudes prepotentes do governo que representa, nunca teve nem ela nem os seus, tempo ou vontade para explicar a estas gentes que para serem assistidos clinicamente em especialidades importantes ou mesmo visitarem um familiar internado após uma operação, vão ter de ir a partir de 1 de Janeiro de 2007 a Vila Real.
Provavelmente todos estes que agora estão calados como ratos, se preparam para na altura em que o seu Ministro anuncie a morte lenta do Hospital de Chaves por um jornal qualquer ou uma entrevista não sei onde, enfatizarem palavras de ordem contra a actual gestão Municipal e mesmo contra o Sr. Presidente da Câmara.
Curioso seria saber também o que pensam os militantes de base do PS e aqueles que andaram na campanha desse partido na esperança de encontrarem um emprego nos 150.000 prometidos pelo Eng. Sócrates ou mesmo nos 1500 prometidos pelo seu candidato ao Município. Será que após o encerramento do Hospital e a forte redução de pessoal (a começar já pelo actual Administrador, a quem nunca perdoaram hipoteticamente a sua dissidência) os mais que prováveis colocados no quadro de excedentes pensarão da mesma maneira! Ou talvez, os dispensáveis só serão os ligados ao PSD?
Eu e certamente muitos como eu, ainda não perdemos a esperança de ver o PS local e as suas gentes, encher-se de coragem e assumir publicamente a ruptura com o seu governo convocando para tal uma manifestação contra o encerramento do Hospital ou qualquer outras instituições publicas.
Flavius II