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Sábado, 30 de Dezembro de 2006
Política de Rendimentos para 2007
2. Relançar a Economia e Criar Emprego
 
 
O desemprego é o problema que mais preocupa os portugueses e, entre os economistas, é pacífico considerar-se que, no caso português, uma taxa de crescimento económico inferior aos 2% ao ano não é susceptível de aumentar o nível de emprego e, portanto, não permite a progressiva absorção do desemprego.
 
É, de resto, por essa razão que as taxas de crescimento económico ultimamente registadas em Portugal coexistem com uma situação de aumento do desemprego, uma vez que valores na faixa dos 0,5 a 1% no crescimento do PIB correspondem (necessariamente) a uma diminuição do nível de emprego e/ou a uma diminuição do grau de utilização  da capacidade produtiva.
 
Daí que, para os portugueses, sejam incompreensíveis as declarações de satisfação face a taxas de crescimento da ordem de grandeza de 1% (ou mesmo inferiores), na medida em que nunca poderão ser considerados satisfatórios valores de crescimento que não correspondam a um aumento do nível do emprego ou, no limite mínimo, a uma estabilização do desemprego.
 
Ou seja, não é suficiente e não nos pode trazer quaisquer motivos de satisfação uma economia a crescer à volta de 1% ao ano!
Acresce ainda que este é um elemento absolutamente decisivo para qualquer abordagem aos mais candentes problemas que marcam, na actualidade, os principais debates que ocorrem na sociedade portuguesa.
 
De facto, qualquer solução duradoura e socialmente equilibrada para os problemas da estabilidade das contas do Estado ou da sustentabilidade financeira da   Segurança   Social,   terá   de apostar   em perspectivas   de crescimento económico mais ambiciosas e alinhadas com a evolução das restantes economias europeias, ou seja, num horizonte de médio prazo, em taxas de crescimento médio anual claramente acima dos 2%.
 
Esta conclusão coloca-nos o problema de saber quais as condições que será necessário reunir para que o crescimento económico alcance os patamares desejáveis.
 
Mas é confrangedora a ausência de visão prospectiva e de pensamento estratégico suficientemente esclarecido sobre os rumos a traçar para o futuro de médio/longo prazo da economia portuguesa. Uma tal ausência, deixa as decisões dos investidores e dos agentes económicos à deriva das flutuações da           conjuntura e inibe a concretização de projectos aglutinadores do potencial de desenvolvimento económico.
 
Nestas condições, alguns fogachos de retoma económica ou criação de emprego sazonal são frequentemente animados por aumentos ocasionais do consumo público e privado, com incidências negativas nos níveis de endividamento dos particulares e no saldo da balança de transacções correntes.
 
É, pois, cada    vez maior a premência de uma estratégia de desenvolvimento económico que forneça aos investidores e aos agentes económicos um quadro de referência claro e estável sobre as prioridades estabelecidas, ao nível dos sectores com efectivo potencial de crescimento sustentado.
 
Numa pequena economia aberta ao exterior - como o caso da portuguesa - tais prioridades deverão centrar-se nos sectores dos serviços e da indústria com um elevado potencial de criação de valor e uma acentuada vocação exportadora (inovação ao nível dos produtos, design, qualidade, são os factores chave), valorizando tanto as perspectivas de crescimento das   economias   dos   nossos   principais   parceiros   (Espanha,   Alemanha, França) como a diversificação dos mercados tradicionais.
 
Cabe ao governo definir os caminhos, os sectores da economia em que devemos apostar, para sermos melhores e podermos competir com os nossos principais parceiros europeus, e não estarmos a nivelar as nossas prioridades e a canalizar os apoios comunitários e nacionais em função de concorrentes onde não há direitos sociais e o trabalho é prestado com regras de quase escravidão.
 
Cabe ao governo ter essa política e criar condições para os parceiros sociais participarem na sua formação e os portugueses abraçá-la como o desafio que é necessário ganhar, para criar      riqueza e emprego sustentado.
 
 
 
Flavius II
publicado por FlaviusII às 10:33
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Sábado, 23 de Dezembro de 2006
Política de Rendimentos para 2007
1. Caracterização Económica e Social
 
 
Portugal continua a divergir dos restantes países da União Europeia, ciclo de divergência já iniciado em 1999.
 
Dezoito meses decorridos de governação Sócrates, nenhum dos principais problemas do País foi resolvido e, não obstante as políticas de austeridade e os sacrifícios impostos aos portugueses, não há indicadores sustentados que apontem para uma efectiva inversão daquela tendência negativa.
 
Os portugueses, que de boa fé confiaram nas promessas socialistas, têm visto as suas expectativas defraudadas, porque mesmo os compromissos eleitorais mais importantes - como a criação de 150 mil novos postos de trabalho, o não aumento dos impostos e uma pensão mínima mensal para os idosos de 300 Euros - foram pura e simplesmente desprezados.
 
Acresce que nenhuma das medidas que o governo socialista tomou até hoje, se destinou a favorecer os trabalhadores – cortes nas pensões, contenção salarial, retirada de direitos sociais.
 
O   governo   tem   marcado   a   sua   acção   por   um   estilo   populista - moralista,   para   entreter   a   opinião   pública   e   ocupar   os   orgãos   de comunicação        social, como     são       exemplos, entre            muitos outros, o afrontamento aos juízes, os ataques aos “privilégios” da Função Pública, aos profissionais das Forças Armadas e Segurança Pública, guerra aos professores, aos profissionais da saúde, etc, com resultados nulos, quer ao   nível   da   qualidade   dos   serviços   prestados   quer   em   termos   de poupanças.
 
Os problemas da nossa economia, como a fiscalidade, a organização das empresas, os recursos humanos e os custos dos factores de produção, continuam a comprometer a nossa competitividade, não se conhecendo uma estratégia do governo orientada para vitalizar a micro-economia e apoiar as pequenas e médias empresas.
 
O governo contenta-se com     anúncios de mega projectos,    que normalmente transforma em grandes operações de propaganda e que por aí se ficam, porque ainda nenhum desses anúncios se concretizou.
 
Até hoje, a governação Sócrates tem-se saldado por criar mais dificuldades sociais e o desemprego ronda cerca de meio milhão de desempregados, é o maior drama para centenas de milhares de famílias e atinge quase 50 mil jovens licenciados.
 
É face a este quadro, que se torna necessário um Orçamento de Estado para 2007 sustentado numa estratégia de crescimento económico e numa Política de Rendimentos justa, única via para nos aproximarmos dos parceiros europeus e devolvermos aos portugueses a confiança num futuro melhor.
 
 
 
Flavius II
publicado por FlaviusII às 11:03
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Sábado, 9 de Dezembro de 2006
A CRISE SOCIAL NO NORTE
E que soluções?
 
(… continuação da edição anterior)
 
Precisamos de postos de trabalho.
 
Precisamos      de        Infra-estruturas principalmente de        transportes de mercadorias rápidos e baratos que permitam às empresas serem competitivas.
 
Precisamos de Energia mais barata, pelo menos ao preço da dos países nossos concorrentes, e nós temos potenciais energéticos.
 
O tempo em que os salários baixos bastavam para as Empresas serem competitivas já passou.
 
A Crise Social resulta principalmente do desemprego e tem tendência para se agravar.
 
Para contrariar esta situação, torna-se necessário  e imperioso que as empresas instaladas sejam            competitivas,            e          a          competitividade            ganha-se essencialmente com a redução dos custos de produção.
 
Como se sabe, na composição dos custos de produção tem grande relevo a Mão de Obra, a Energia e os Transportes.
 
Se na Região não se criarem condições e infra-estruturas que permitam a competitividade, não se instalam novas empresas, não se criam novos postos de trabalho, e os existentes continuarão a encerrar. Resta-nos a emigração.
Não é pelo custo da Mão de Obra, que as nossas Empresas não são competitivas, ou que não se atraem investimentos para a criação de novos postos de Trabalho.
Se        fosse    só        pela      Mão     de        Obra    barata, seriamos          campeões        da competitividade, não faltaria o trabalho, e viveríamos num Paraíso Social.
 
O custo do trabalho na Região é cerca de 1/6 do da Alemanha; ¼ do dos EUA e da França e 1/3 do Reino Unido e da Irlanda, Países que pela proximidade dos grandes centros de consumo, teoricamente seriam os nossos competidores.
 
Mas há que considerar que mesmo no factor da Mão de Obra barata estão a surgir concorrentes imbatíveis, que apesar de afastados dos actuais centros de consumo já oferecem segurança e estímulos ao investimento, que os torna atractivos.
 
O custo da Mão de Obra em Portugal é cerca de 10 vezes superior ao da China; 7 vezes ao da Índia e 3 vezes ao do Brasil e do México.
 
Se o custo da Mão de Obra já não nos permite competir, temos que explorar vantagens nos outros componentes do custo da produção, que são a Energia e os Transportes de Mercadorias.
 
Precisamos de Transportes Ferroviários de Mercadorias Rápidos. Eficazes e Baratos.
 
Portugal está na periferia da Europa. Para colocarmos os nossos produtos nos grandes centros de consumo, ou sermos abastecidos de componentes, temos que atravessar por estrada extensos Territórios de outros Países,  sujeitos a todo o género de riscos, de bloqueios e até de boicotes.
 
A Região precisa de Transportes Ferroviários de Mercadorias Fiáveis, Rápidos, Seguros e competitivos, que nunca foram nem serão assegurados pela rede existente.
 
O Norte é a Região de Portugal que está mais perto do Centro da Europa, (menos cerca de 200Km), o que seria uma grande vantagem.
 
Pelas fronteiras do Norte passam cerca de 70% do nosso movimento rodoviário internacional de mercadorias.
 
Mas essa evidência tem sido ignorada, e a linha ferroviária internacional para transporte de mercadorias vai ser construída a partir de Sines, para satisfação de interesses estrangeiros.
 
Se as intenções do actual Governo em relação aos megalómanos projectos da “OTA” e do “TGV” que teremos de pagar, não forem travadas, seremos obrigados a passar por Lisboa para chegarmos à Europa. Os tempos e os custos do transporte continuarão insuportáveis, asfixiarão as nossas empresas e consequentemente os postos de trabalho. A única solução será voltarmo-nos para a Galiza.
 
Precisamos de Energia Eléctrica a Preços Competitivos
 
O custo da Energia Eléctrica em Portugal é dos mais caros da Europa, consequência da nossa dependência, da nossa situação geográfica afastada dos centros de produção, e também porque temos vivido numa situação de quase monopólio na produção e distribuição.
 
De acordo com estatísticas recentes (Julho 2006) da UE, nos seus 25 Países só há cinco que tem o preço da energia eléctrica doméstica mais cara, e são Países com um poder compra incomparável com o Português.
 
Se queremos competir, ter Trabalho e alguma Qualidade de Vida na nossa Região, temos que ter Energia barata e bastante, e temos condições e recursos locais para isso.
 
Actualmente Portugal importa quase a totalidade da Energia que consome, o que além da dependência, tem graves implicações na balança de pagamentos e no seu custo final.
Estima-se que em Portugal o consumo de Energia na forma de Electricidade é cerca de 25% do total, e destes 25% só cerca de 30% são produzidos com recursos Nacionais, principalmente Hídricos, embora tenhamos potencial para muito mais.
 
A bacia hidrográfica do Douro só está aproveitada em cerca de 65%.
 
Estamos dependentes em cerca de 92,5% da Energia obtida a partir dos combustíveis fosseis, (Petróleo, Gás e Carvão) que temos de importar, sujeitos à instabilidade do abastecimento e dos preços.
 
Isto tem consequências muito negativas para a organização e sobrevivência das Empresas e para o desenvolvimento económico do país.
 
Precisamos de Energia Eléctrica Competitiva! É urgente investir em formas de energia baratas e fiáveis, e a hídrica é das mais recomendadas pelo impacto que tem no desenvolvimento da economia.
 
A “OTA” e o “TGV” não nos fazem falta. Não vão melhorar as nossas condições de vida, e a maior parte dos postos de trabalho que criarão são ocasionais.
 
Se        precisarmos     de        viajar    para     os        outros países   Europeus,        vamos directamente. Não precisamos de ir de “TGV” por Lisboa que é mais longe, demorará mais tempo e será mais caro.
 
Precisamos é de Postos de Trabalho, Energia mais barata e Transportes Ferroviários de Mercadorias eficazes e económicos.
 
Precisamos é de uma política económica geradora de confiança nos agentes económicos e sociais, confiança que é vital para relançar a economia.
 
O Governo tem de decidir e agir rapidamente. A Energia e os Transportes Ferroviários de mercadorias são fundamentais para permitir a competitividade das Empresas do Norte, a manutenção e criação de Postos de Trabalho, e consequentemente a estabilidade social.
 
São cerca de 3.580.000 Habitantes que estão em causa, mais de 1/3 da população Nacional.
 
Tem-se passado a imagem de que o Governo está a tomar   medidas corajosas. Mas é preciso que não seja só corajoso nas decisões que penalizam os Trabalhadores. Tem que ser também corajoso nas acções que favoreçam a estabilidade Social e a Qualidade de Vida da População, principalmente das Regiões mais sacrificadas e deprimidas.
 
 
A propaganda não resolve os nossos problemas.
 
 
 
Flavius II
publicado por FlaviusII às 10:11
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Sexta-feira, 1 de Dezembro de 2006
A CRISE SOCIAL NO NORTE
O Norte está em crise! Crise Social, Crise Económica e Crise na
Qualidade de Vida.
 
A Região Norte tem 1/3 da população do País, (3.580.000 Hab.) mas tem cerca de metade dos desempregados com tendência para aumentar.
 
Há concelhos deprimidos onde o desemprego se aproxima dos 15% e o
Governo está a dificultar o acesso ao subsídio.
 
O poder de compra na Região Norte já é cerca de 42% inferior ao da
Região de Lisboa.
 
A qualidade de vida e os Serviços Sociais Públicos são muito inferiores, basta verificarmos que na Região de Lisboa existem 41 Médicos e 45 camas Hospitalares por 10.000 Hab., enquanto no Norte são 26 Médicos e 33 camas para os mesmos Habitantes.
 
 
Onde estão localizados os empregos mais bem remunerados do Estado e das grandes empresas?
 
Não é no Norte, embora algumas cá tenham a sua principal actividade como é o caso das Hidroeléctricas e de alguns bancos, que até já cá tiveram as suas sedes executivas.
 
 
Que futuro temos para os nossos Jovens? Muito negro!
 
 
E porque será que esta difícil situação existe?
 
Será porque os Trabalhadores da região são menos produtivos? Claro que não é! Basta ver o seu sucesso em outros países.
Será porque os empresários são menos empreendedores e inovadores que os das outras regiões?
 
Também pensamos que não!
 
Será porque a Região é pobre em recursos?
 
Se pensarmos nos recursos Hidroeléctricos, nas pequenas indústrias, nas exportações Vinícolas e na juventude da população, temos que concluir que também não é por isso.
 
Se aprofundarmos a procura de explicações, temos que concluir que as mais valias da riqueza gerada pelos recursos e impostos locais são destinados a sustentar a estrutura do Estado e seus dependentes, em vez de aplicados em infra-estruturas geradoras de emprego e de bem estar, nas regiões com populações mais carenciadas.
 
Dizem-nos que as célebres “SCUTS” que estamos a pagar, são para favorecer as regiões menos desenvolvidas, mas constata-se que afinal Lisboa e Vale do Tejo, que já é considerada uma região favorecida   por ter um rendimento   per   capita   superior   à   média   da   U.E.,   fica   com   40% desses benefícios.
 
A situação social na região é grave, principalmente para quem sente na pele as suas consequências.
 
A propaganda não resolve os nossos problemas.
 
Perante este quadro que fazer?
 
Vamos deixar-nos continuar a ser uma região de emigrantes, e empurrar os nossos Jovens, que muito nos custaram a formar, para o estrangeiro produzir riqueza para os outros países?
 
Sabemos que as remessas dos emigrantes dão muito jeito ao equilíbrio da balança de pagamentos, e até nisso a região Norte é forte, mas não é isso que queremos!
 
 
E que soluções?
 
(continua na próxima edição…)
 
 
 
Flavius II
publicado por FlaviusII às 23:27
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