Sábado, 28 de Outubro de 2006
Contradições!
- 15,7% ou 6% de aumento na Energia
Governante é grosseiro para com os consumidores!
Questionado sobre o brutal aumento de 15,7% na energia, para o consumo doméstico, o Secretário de Estado da Indústria, António Castro Guerra, disparou a brilhante justificação – “ a culpa é dos consumidores, que não pagaram o aumento nos anos anteriores”!
Quem até agora paga 50€ mensais à EDP, passará a pagar 58€, e este aumento é indiferente ao governante, porque pensará que as pessoas são aumentadas 15,7% no seu salário, e não os 1,5% que o governo defende, ou então que ganham largos milhares de euros mensais onde aquele aumento pouco pesará.
Em coerência com este seu argumento, esperamos ver o governante a reclamar também a reposição do poder de compra em muitos salários e pensões, que têm vindo a baixar nos últimos anos, tanto mais que a Eléctrica Portuguesa até tem obtido lucros fantásticos, enquanto as famílias portuguesas estão cada vez mais pobres e endividadas.
Os Portugueses consideram a atitude do Secretário de Estado grosseira para com os consumidores é um exemplo do desprezo que o governo tem pelas dificuldades concretas que os portugueses sentem no seu dia a dia.
O que interessa ao governo são as grandes empresas, os grandes negócios, os grandes números, e não a economia real e as pessoas com as suas esperanças e angústias.
Os Portugueses lamentam e censuram este autismo do Governo Socialista, dito de esquerda, e interrogam o Primeiro Ministro se este seu Secretário de Estado continua a reunir as condições políticas para se manter em funções governativas.
- A última sondagem publicada dizia:
O mais recente estudo da Eurosondagem revela que alargou a distância entre os dois maiores partidos. O PS subiu quatro décimas e o PSD desceu oito.
Legislativas - projecção (%)
|
Partido
|
8 Setembro
|
6 Outubro
|
PS
PPD/PSD
CDU
CDS/PP
BE
Outro
|
44.2
34.3
7.1
5.0
5.9
3.5
|
44.6
33.5
7.7
4.0
6.5
3.7
|
Esta foi uma notícia de abertura de Telejornais.
Esta foi uma sondagem efectuada pela mesma empresa que efectuou a sondagem publicada no dia anterior das ultimas eleições autárquicas em que dava como certa a derrota de Rui Rio na Câmara do Porto, a derrota de Carmona Rodrigues na Câmara de Lisboa e empate técnico na Câmara de Sintra.
O dono desta empresa é um conhecido militante do PS e vice-presidente da UGT.
Flavius II
Sábado, 21 de Outubro de 2006
INCOMPETÊNCIA
Muitas vezes, ouvimos falar em competência e incompetência. Em pessoas competentes e incompetentes. Porquê? Qual a fronteira entre competência e incompetência? Será que podemos relacionar estes dois conceitos com autoridade e poder?
O trabalho, a honestidade, a dedicação, a experiência e principalmente a aquisição de conhecimento através do estudo, geram competência. Exige sacrifício é certo, mas compensa. Quando a aplicamos bem, somos competentes e a nossa consciência fica tranquila. Quando mal aplicada, somos incompetentes e sentimos insegurança.
Somos competentes, quando nos dedicamos a fazer aquilo que melhor sabemos fazer e para o qual melhor preparados estamos. Os actos que praticamos e as decisões que tomamos, não são criticadas pelos destinatários, antes pelo contrário, são respeitadas e compreendidas, porque sabem que são positivas e visam resolver os seus problemas.
A autoridade consiste nisto mesmo. Actos praticados e decisões tomadas por pessoas que pelo seu trabalho, honestidade, formação e experiência, lhe é reconhecido mérito, e depositada confiança.
Todos nós estamos preparados psicologicamente, para aceitar sem critica que seja o Figo ou o Cristiano Ronaldo a marcar uma grande penalidade num jogo da nossa selecção.
Assim, para se exercer a autoridade, é necessário ser competente.
Somos incompetentes, quando por interesses pessoais, ambição ou desejo de poder, nos dedicamos a fazer aquilo para o qual não estamos preparados. Os actos que praticamos e as decisões que tomamos, são criticadas, raramente aceites e pouco respeitadas, porque o seu resultado, quase sempre negativo, é prejudicial para os destinatários. O incompetente não resolve problemas, antes pelo contrário, cria mais, normalmente onde não existem, gera conflitos e se necessário, recorre à violência para impor as suas decisões. São sedentos de poder.
São exemplo, os casos recentes de políticos que para vencerem eleições, não disseram a verdade aos seus eleitores. Outros, que para atingirem determinados objectivos, se socorrem de argumentos que depois se verifica não serem válidos.
Para bem de todos nós, é urgente valorizar a competência e a autoridade em detrimento da incompetência e do poder.
Pedro Osborne
Sexta-feira, 13 de Outubro de 2006
É deplorável o tratamento que o Governo dá à Função Pública
O Governo parece sentir um estranho prazer em dar notícias que, regra geral, colocam os trabalhadores da Administração Pública como alvo a abater, como se estes fossem os culpados dos males do País e em especial do défice das contas públicas.
Interrogamo-nos e deixamos a mesma pergunta ao Governo e aos portugueses - qual o empresário ou empresa que flagela e desprestigia com requinte de sadismo os seus trabalhadores e colaboradores, como sucede com o Governo/patrão face aos funcionários públicos?
Não temos dúvidas que nenhuma empresa comete os erros grosseiros do Governo.
Qualquer empresa o que pretende, e bem, é que os seus trabalhadores se sintam motivados, tenham confiança, dêem o máximo de rendimento, porque só assim poderá alcançar os seus objectivos.
Não é com trabalhadores angustiados e desmotivados pela indefinição do seu futuro e sobretudo por verem cirurgicamente golpeado, na comunicação social, o seu brio profissional, que podem dar o contributo que o País espera deles.
É estranhíssimo que não haja uma só notícia, vinda do Governo/patrão, que reconheça mérito àqueles servidores do Estado.
Os únicos que terão algum valor, serão os que o Governo indicou para várias chefias ou nomeou para produzirem relatórios em conformidade com orientações e objectivos que, previamente, lhe foram estabelecidos pelo Governo.
É lamentável que, em vez da Reforma da Administração Pública ser feita com sentido de responsabilidade e respeito pelas pessoas que trabalham no sector, o Governo conduza o processo com inaceitável demagogia e populismo, numa estratégia de ganhar a simpatia popular e desviar as atenções dos portugueses, ainda que com o sacrifício da honorabilidade destes profissionais.
O relatório que à alguns dias atrás veio a público e o modo como o Governo o fez cair nos órgãos de comunicação social, é mais uma peça desta estratégia triste, que pode favorecer os desígnios do Governo, mas que envenena o ambiente no sector e vai prejudicar, desnecessariamente, os resultados que se pretendem obter com a Reforma da Administração Pública.
Os portugueses estiveram e estão convictos que a Administração Pública precisa de mudanças sérias e que estas são exequíveis com a salvaguarda da dignidade dos trabalhadores e mesmo com a sua adesão.
O que os portugueses reprovam e censuram são os métodos de achincalhamento profissional que o Governo está a usar em todo este processo.
É bom lembrar que os funcionários públicos têm o seu vínculo laboral ao Estado, porque os vários governos assim o quiseram.
É, por isso, do mais elementar bom senso que os funcionários públicos sejam respeitados e não transformados em “bodes expiatórios” dos erros políticos dos governantes ou das consequências da crise económica que nos últimos cinco anos vem afectando o País.
Flavius II
Sexta-feira, 6 de Outubro de 2006
REJEITAMOS MAIS ENCARGOS NA SAÚDE
Os Portugueses esperam que o Ministro da Saúde não leve por diante o anúncio de aplicar taxas moderadoras nos internamentos hospitalares porque, a acontecer, estaremos em presença de uma decisão profundamente injusta e penalizadora sobretudo das pessoas mais pobres.
O argumento do Ministro de que é necessário taxar os internamentos hospitalares para “moralizar” as idas dos cidadãos aos hospitais é, no mínimo, revelador da grave insensibilidade do governante aos problemas da saúde.
Ninguém vai a um hospital por prazer e muito menos é internado por divertimento. São os médicos que determinam, face ao estado de saúde ou de doença em que a pessoa se encontra, o seu tratamento hospitalar.
O Ministro põe em causa a honorabilidade profissional dos médicos e revela bem a avidez do governo em arranjar receitas, nem que seja à custa de quem se encontra doente e, portanto, quando se encontra mais fragilizado e mais precisa de apoio.
Importa referir que não há medidas do Governo que se destinem a ajudar as pessoas e as famílias. Pelo contrário, as decisões políticas têm geralmente sentido único – tornar mais difícil a vida aos portugueses.
É preciso parar e revelar algum bom senso.
A prática do Governo é arrogante e o seu desprezo pelo programa e pelos compromissos eleitorais assumidos é total. E a área da saúde é disso exemplo:
- encerramento de maternidades e de centros de saúde,
- aumento dos medicamentos e redução das comparticipações,
- agravamento ou criação de novas taxas moderadoras.
É urgente dizer ao Ministro da Saúde e ao Governo que as pessoas não estão disponíveis para aceitarem tudo o que venha à cabeça dos governantes e que também há limites para os sacrifícios. O que está a acontecer na saúde é uma vergonha!
Flavius II