Sexta-feira, 28 de Julho de 2006
Conversas
.
Há algum tempo que temos vindo a assistir ao digladiar entre um representante do Clero e o Presidente da Câmara.
Estranho! Muito estranho!
Será só o reivindicar de uma dívida ou mesmo o reclamar de uma ou umas promessas ainda não cumpridas que movem este senhor. O que o leva (ou o que o move!) a vir para a praça pública denunciar uma meia dúzia de situações? Por ventura, digo eu, será pressionar o Presidente, ou mesmo quem sabe, fazer com que os jornais cobrem as dívidas! Mas, mesmo assim continuo com algumas dúvidas, pois existem algumas questões que a minha vizinha comentou comigo quando leu a carta publicada neste mesmo Jornal a exercer o direito de resposta e para as quais eu ainda não obtive resposta.
Para quê, um ilustre representante do clero quer uma rádio, uma rádio regional? Talvez seja para difundir a Igreja que representa, ou mesmo levar a sua palavra mais próximo dos seus servos, disse eu na minha ingenuidade. Esta deve ser uma nova estratégia de Marketing que esta Igreja tem à semelhança de outras mais pequenas e que difundem a sua palavra no contacto porta a porta e na abordagem pessoal. Só assim se justifica que a Câmara preste apoio à dita rádio por esta prestar um serviço cívico, embora religioso.
Hum
afirma ela, intrigada. E, se assim não é, para que é que o senhor ilustre representante do Clero quer o dinheiro que como ele mesmo afirma tanta falta nos faz? Continuando a murmurar, dispara mais umas quantas perguntas.
Ó vizinho, por acaso sabe porque este senhor quando escreveu a carta não explicou onde era gasto todo o dinheiro que reclama, cuja a finalidade ele disse? E a que propósito ele veio falar no outro Presidente da Câmara e não explicou quanto dinheiro recebeu e onde foi gasto?
Sabe
.. vizinho
a respeito de tudo isto, ainda existem coisas que me intrigam! Você sabia, que ainda há neste concelho paróquias onde existe uma ditadura eclesiástica, certamente as deste senhor não devem ser, agora o que eu sei é que em todas as sua paróquias à excepção de uma (aquela que o senhor menos gosta) o PSD nas ultimas décadas para as eleições autárquicas nunca ganhou uma eleição, porque será! Certamente pura coincidência.
Como eu não tinha explicações para aquilo que me acabava de ser dito, lá fui rematando como pude
deixe lá isso, não se apoquente
. você sabe que neste país é tudo assim, quanto mais nos interrogamos, mais as coisas se tornam fruto da nossa imaginação. Olhe, o que eu sei e posso dizer é que esse senhor tem lutado para desenvolver a sua freguesia e tem conseguido, pois alguns dos seus conterrâneos estão- -lhe gratos.
Deste vosso amigo e humilde servo.
Flavius II
( Regresso em Setembro)
Sábado, 22 de Julho de 2006
Os construtores do Futuro Ideal
Começo esta missiva por reiterar os meus agradecimentos ao PS de Chaves, na pessoa do seu presidente, o facto de me ter despertado do sono profundo e prolongado no qual me encontrava, e de ter simultaneamente contribuído para a minha reinserção na escrita activa, pois, passada que está a grande conferência de Imprensa por sua excelência proferida ao melhor estilo de um combate promovido pela World Wrestling Entertainment, ansiosamente aguardo por outra qualquer iniciativa, a qual certamente, e fruto da sua irreverente juventude, me dará muita matéria para escrever
a ver vamos. Passada, emitida e registada que está a minha indignação por tal conferência de imprensa e modus operandi do PS de Chaves, é de irreverência e juventude que hoje quero falar.
Na busca de informação sobre o nosso Burgo Flaviense em geral, e sobre a política em particular, alguns invejosos muito caceteiros e pouco boleiros, sopraram-me ao ouvido, em tom de segredo, que a Juventude Social Democrata de Chaves tinha um novo líder, um novo presidente, uma nova comissão política. Confesso que a principio julguei tratar-se de um boato da oposição, na medida em que eu, pelo menos nos últimos combates políticos, não dei pela sua existência, nem do líder da JSD nem da estrutura em si
mistério!
Ao melhor estilo de Hercule Poirot, fui investigar se tais factos correspondiam à verdade colocando desde logo três grandes questões
.a JSD existe?...se existe, quem é o responsável pelo seu desaparecimento?...se existe tal responsável, a quem compete agora faze-lo desaparecer a ele?...mistério! Rapidamente conclui que não seria necessário perder muito tempo para obter resposta a estas três grandes questões, pois a JSD existe, moribunda, destroçada, desmobilizada, mas existe, bateu no fundo, quanto ao responsável por tal situação, digo apenas, com alguma mágoa, que enquanto o seu umbigo for do tamanho do mundo, ele próprio se auto apagará, sem ser a picos, fino ou grosso, tal como fez à JSD durante o seu mandato
não há mistério algum, é mera constatação.
Passado é passado, urge renovar, urge mobilizar, urge dar juventude à juventude, e ao novo líder da JSD compete tão só e apenas dar um passo em frente nesse sentido, sem fantasmas, sem preconceitos, sem comparações com o passado, sem submissão política, ao serviço de todos e particularmente da juventude e seus anseios, num verdadeiro espírito de serviço público, pois devem, ele e a sua comissão, ter sempre presente que a actividade política é uma actividade voluntária exercida por cidadãos que se dispõe a servir outros cidadãos, sempre conscientes que os fins não justificam os meios, na medida em que, na política como na vida, só é aceitável aquilo que contribui para que se atinja o fim e que não represente a negação deste, na certeza que não se constrói uma nova sociedade utilizando-se simultaneamente os recursos predominantes na velha estrutura social.
Tudo isto se pede à nova Comissão Política da JSD de Chaves e ao seu actual líder, pois tal como nos revelam os ensinamentos de Maquiavel, a política deve-se preocupar essencialmente com as coisas tal como são, com toda a sua crueza, e não com as coisas como deveriam ser, com todo o moralismo que lhe é subjacente.
Exige-se acção e não reacção, exige-se um novo projecto político para a Juventude em geral e a Flaviense em particular, pois tal como dizia Max Weber, defender a política não significa abdicar da sua critica, por isso sejam críticos, sejam jovens.
Boa sorte Juventude e bom trabalho.
Termino com uma mensagem proferida pelo saudoso Emídio Guerreiro.
«Tende sempre o espírito crítico, para vós não deve haver tabus. Dentro do respeito que mereceis, vós mesmos deveis criticar impiedosamente tudo quanto existe. Sim. Criticar sem receio de que vos chamem demolidores. Vós sois demolidores do mal, vós sois os construtores do futuro ideal.»
Emídio Guerreiro, antigo Secretário-Geral do PPD.
Tenho dito.
Chaves
Gonçalo Dias
Sábado, 15 de Julho de 2006
Foi você que pediu um PSzinho?
Escrevo como se despertasse de um sono profundo e prolongado, a ferrugem e o caruncho já se tinham apoderado do teclado do meu computador, o pensamento ainda se encontra nos States, aonde estive quase dois meses numa espécie de sabática a aprofundar os parcos conhecimentos e a ganhar couraça para enfrentar a realidade mundana e as fraquezas de espírito principalmente dos nossos invejosos.
Durante este período sabático, fiz um esforço titânico, para estar minimamente atento ao que se passava no nosso tão querido Burgo Flaviense, os seus ditos e contos, seus pontos, bolas, boleiros e caceteiros. Regressado que sou, tão só e apenas algo deveras importante me faria despertar deste sono profundo e prolongado.
O facto de só ler os jornais locais, fez com que apenas este fim-de-semana eu tomasse conhecimento, através da leitura deste pasquim onde agora escrevo, do ataque feroz e cerrado que um Semanário dito Transmontano, tem feito ao POLIS, e mais concretamente ao Penas do Polis. Mas até isso seria o de menos, se esta semana a tão propalada propaganda que têm feito ao Penas, não viesse vestida em tom de conferência de imprensa, adivinhe-se e simultaneamente espantem-se, promovida pelo recentemente promovido Presidente da Concelhia do PS de Chaves.
Falar do Polis de Chaves, é recorrente, dos seus atrasos, é inegável, assumir responsabilidades, é importante, e mais concretamente o assunto em causa até pode ser um motivo de conversa e de muitas explicações, admito, mas assim?
Sobre o Polis, convém fazer uma pequena análise: Toda a gente sabe que este programa foi o primeiro Simplex, do Eng.º Sócrates, pretendia transformar tudo em tons de cor-de-rosa, fazendo com que as instituições que normalmente formam lobbys e mandam no País, trabalhassem de mãos dadas ao som da música Giroflé-giróflá.
Ora, se o programa não funciona e é o Estado que manda, quer através da participação maioritária nas respectivas sociedades anónimas quer na parafernália de instituições que se pronunciam e dão pareceres, então também tem que ser o Estado a assumir obrigatoriamente a responsabilidade do seu insucesso, não devendo deixar passar a mensagem que a culpa é dos municípios, resumindo a questão a politiquices politiqueiras, ou à discussão de maior competência do PS ou do PSD ou dos seus elementos, pois o Polis Simplex não funcionou nas 28 Cidades, mesmo naquelas que levam mais dois anos de trabalhos do que em Chaves e que até são de Câmaras Socialistas.
Sobre o Penas, digo o seguinte: Não queiram deixar notar que o vosso principal incómodo, se deve ao facto de ele ser membro da comissão política do PSD e ser simultaneamente mais um legal representante do Estado Socialista no Conselho de Administração da referida sociedade, com mandato prorrogado pelos mesmos, ou querem? Quem será o seu substituto? Socialista? O senhor da concelhia do PS que sempre que o assunto ao Polis diz respeito, aparece nas fotografias ao melhor estilo de qualquer emplastro?
Sr. Presidente da Concelhia do PS de Chaves, agora, vossa excelência desiludiu-me, a mim, bem como a muitos flavienses. Então, passados os primeiros discursos da praxe após a tomada de posse, o melhor que faz é isto? Independentemente e apesar de não lhe reconhecer mérito, nem nenhum feito que aporte mais valia para Chaves, apesar de não lhe conhecer nenhuma participação significativa em movimentos associativos ou recreativos, apesar de não lhe reconhecer qualquer mérito de gestão ou iniciativa empresarial, apesar de pura e simplesmente não o ver pela cidade, esperava juventude, esperava projectos e ideias, esperava um combate sério e digno, como se exige a um responsável de um partido político com tal grandeza, esperava sangue novo, esperava um líder.
Na altura em que a Cidade de Chaves se prepara para o futuro, em que apresenta obra, o Partido Socialista de Chaves dá uma conferência de imprensa para corroer pessoas, demonstrando a todos os Flavienses que apenas os seus interesses partidários interessam. Com gente assim, o PSD de Chaves vai governar por muitos e longos anos.
Tenho dito.
Chaves
Gonçalo Dias
Sexta-feira, 7 de Julho de 2006
Eleições!!!
Aproxima-se mais um acto eleitoral, este é conhecido por poucas pessoas, mas é aquele que pelo cargo deveria ser um dos mais conhecidos. Estou a falar para quem não sabe do cargo de Presidente da Comissão Regional de Turismo do Alto Tâmega.
Tal como o nome indica, este deve ou melhor deveria ser ou ter sido, um lugar de extrema importância no desenvolvimento da região, até porque o sector do turismo é o que mais potencia e pode potenciar as economias locais. Esta é mais uma ou talvez a derradeira oportunidade para nos afirmarmos neste sector, uma vez que à semelhança do que o governo (com as suas politicas litoralistas) tem feito com outras instituições é tido mais que certo o encerramento de algumas regiões de turismo.
Como é óbvio, a nossa é uma das que vai fechar, mas mais grave é que se para outras instituições nós até temos argumentos e podemos manifestar a nossa indignação pelo seu encerramento, para esta é tudo o contrario, pedirmos para não extinguirem a região de turismo significa cair no ridículo e na incoerência. Pois, durante todos estes anos em que nos deram hipótese de nos promovermos, de potenciar o nosso crescimento, de nos projectarmos nacional e internacionalmente, o que foi feito? Eu respondo, nada, rigorosamente nada! O que tem, isso sim, é servido os interesses de todos os que passaram pelo cargo de Presidente. Se alguém tem dúvidas quanto a isto, podemos até analisar levemente, o mandato que agora finda.
Durante sensivelmente este últimos quatro anos, para além dos escândalos publicados nos jornais locais e nacionais (não interessa aqui fazer qualquer juízo de valor) é de salientar a prepotência com que aborda as pessoas, da facilidade que tem em enfatizar os seus feitos, dos carros que comprou, dos não apoios dados à realização de eventos e
.Aliás, alguém teve conhecimento que existia uma região de turismo? A região é conhecida sim, mas por algumas animações que sem o apoio da região de turismo se vão realizando (entenda-se por apoio não só o monetário), como as provas de pesca e não só do Clube de Caça e Pesca, as proporcionadas pelo município; os encontros da rapaziada do BTT, dos clubes Motards, Todo o Terreno e Perícias; as feiras, colóquios, encontros e outros. Ao que tudo indica, a realização destes eventos não passa pela estratégia nem constam como objectivos que o actual presidente traçou para a nossa região. Certamente tem outros (será?) mais importantes (como andar de caixeiro viajante), tão importantes, que ninguém conhece!!
Se nada houver em contrario, no próximo dia 11 irá ter lugar uma reunião entre todas as entidades que constituem a Região de Turismo com a finalidade de tratarem do próximo acto eleitoral. De entre as muitas entidades intervenientes no processo, uma é o Município de Chaves que deverá ser representado pela Sra. Vereadora.
O que eu e certamente muitos outros lhe pedimos é que não faça o papel de apoderada (como é vulgar dizer-se nas lides tauromáquicas) do actual presidente, pois talvez possa existir por ai perdido algum chefe de gabinete com perfil e competência já demonstrada que inspire mais confiança, para poder dar mais visibilidade à região.
Flavius II