Muitas vezes, ouvimos falar em competência e incompetência. Em pessoas competentes e incompetentes. Porquê? Qual a fronteira entre competência e incompetência? Será que podemos relacionar estes dois conceitos com autoridade e poder?
O trabalho, a honestidade, a dedicação, a experiência e principalmente a aquisição de conhecimento através do estudo, geram competência. Exige sacrifício é certo, mas compensa. Quando a aplicamos bem, somos competentes e a nossa consciência fica tranquila. Quando mal aplicada, somos incompetentes e sentimos insegurança.
Somos competentes, quando nos dedicamos a fazer aquilo que melhor sabemos fazer e para o qual melhor preparados estamos. Os actos que praticamos e as decisões que tomamos, não são criticadas pelos destinatários, antes pelo contrário, são respeitadas e compreendidas, porque sabem que são positivas e visam resolver os seus problemas.
A autoridade consiste nisto mesmo. Actos praticados e decisões tomadas por pessoas que pelo seu trabalho, honestidade, formação e experiência, lhe é reconhecido mérito, e depositada confiança.
Todos nós estamos preparados psicologicamente, para aceitar sem critica que seja o Figo ou o Cristiano Ronaldo a marcar uma grande penalidade num jogo da nossa selecção.
Assim, para se exercer a autoridade, é necessário ser competente.
Somos incompetentes, quando por interesses pessoais, ambição ou desejo de poder, nos dedicamos a fazer aquilo para o qual não estamos preparados. Os actos que praticamos e as decisões que tomamos, são criticadas, raramente aceites e pouco respeitadas, porque o seu resultado, quase sempre negativo, é prejudicial para os destinatários. O incompetente não resolve problemas, antes pelo contrário, cria mais, normalmente onde não existem, gera conflitos e se necessário, recorre à violência para impor as suas decisões. São sedentos de poder.
São exemplo, os casos recentes de políticos que para vencerem eleições, não disseram a verdade aos seus eleitores. Outros, que para atingirem determinados objectivos, se socorrem de argumentos que depois se verifica não serem válidos.
Para bem de todos nós, é urgente valorizar a competência e a autoridade em detrimento da incompetência e do poder.
Pedro Osborne